Prolapso de órgãos pélvicos é quando há a queda ou descenso de órgãos pélvicos como o útero, a bexiga ou o reto. O prolapso é uma situação comum que afeta cerca de 50% das mulheres. Cerca de 10% das mulheres necessitam de cirurgia do prolapso durante a sua vida. O prolapso geralmente ocorre devido ao enfraquecimento das estruturas de suporte do útero ou da vagina. O enfraquecimento dos suportes pode ocorrer durante o parto, como resultado do levantamento de pesos ou esforços crônicos, como por exemplo, com a constipação intestinal, tosse crônica, obesidade e como parte do processo de envelhecimento. A histerectomia vaginal é uma opção de tratamento para o prolapso genital.
Este é um procedimento no qual o útero é cirurgicamente removido pela vagina. A operação é frequentemente combinada com a correção da bexiga e intestino.
A operação é realizada no ambiente hospitalar sob a raquianestesia e uma sedação. Uma incisão é feita pela vagina e a cirurgia é realizada toda por via vaginal.
Você será questionada sobre sua saúde de modo geral, seu histórico médico prévio e sobre as medicações que você está usando. Serão solicitados exames pré-operatorios necessários, por exemplo: exames de sangue, eletrocardiograma, raio-X). Você também receberá informações sobre sua internação, tempo de permanência no hospital, operação e cuidados pré e pós-operatórios. Avise o seu médico se você tiver usando medicações anti-coagulantes que afinam o sangue tais como AAS, uma vez que elas podem aumentar o risco de sangramento ou hematomas durante e após a cirurgia.
Quando você acordar da anestesia, você estará com um soro para sua hidratação e pode estar com uma sonda na bexiga.
O cirurgião pode ter deixado um tampão dentro de sua vagina para reduzir as chances de sangramento. O tampão e sonda da bexiga são geralmente removidos dentro das primeiras 24 horas após a cirurgia. Na maioria dos casos pode- se comer e beber após 6 a 8 horas após o término da cirurgia. Medicações contra dor e náusea serão dadas quando necessárias por via injetável endovenosa, ou em forma de pílulasvia oral.
Movimentar-se após a cirurgia é importante para reduzir complicações tais como os coágulos nas pernas. Não é recomendado pegar peso (mais do que 5 kgs) nas primeiras 6 semanas pós-operatórias. É normal você sentir-se cansada após a cirurgia. Portanto, reserve tempo para descanso nas primeiras semanas após a operação. É esperado que você permaneça no hospital por 1 a 3 dias. É normal apresentar uma secreção espessa, amarronada ou sanguinolenta por 4-6 semanas após a cirurgia. Isto se dá pela presença de pontos na vagina. À medida que os pontos são absorvidos, a secreção vai gradualmente diminuindo.
85% das mulheres que são tratadas com a histerectomia vaginal para correção de prolapso uterino são curadas permanentemente.
Cerca de 15% das mulheres desenvolvem posterior prolapso de cúpula vaginal meses ou anos após a primeira cirurgia.
Em qualquer operação há sempre o risco de complicações:
Com anestésicos modernos e equipamentos de monitorização, as complicações decorrentes da anestesia são muito raras.
Após qualquer cirurgia pélvica, coágulos podem se formar nas pernas ou pulmões. Estas são complicações raras e os riscos são minimizados com o uso de meias elásticas de compressão e agentes anti-coagulantes, quando necessario
O risco de perda sanguínea que requer transfusão de sangue é pequeno (0- 10%) e varia de acordo com outras cirurgias combinadas que você possa se submeter.
Embora antibióticos são dados logo antes da cirurgia e todos os cuidados preventivos são utilizados para manter a cirurgia estéril, há uma pequena chance de desenvolvimento de infecção na vagina e na pelve. Estas normalmente apresentam-se como secreção vaginal de odor fétido e desagradável e/ou febre. 6-20% das mulheres que se submeteram à cirurgia vaginal desenvolverão infecção do trato urinário. O risco é maior se a sonda vesical foi utilizada. Os sintomas incluem queimação ou ardor ao urinar e aumento da frequência urinária. Se você achar que está com infecção pós-cirúrgica entre em contato com seu médico.
Até 2% das histerectomias vaginais são complicadas por lesões de bexiga, ureteres ou reto. Uma complicação muito rara é a ocorrência de fístula vaginal.
Nos primeiros dias após a cirurgia, poderá ocorrer dificuldade de urinar em até 10-15% dos casos. Você pode precisar de cateterização de alívio ou permanecer com o catéter por alguns dias após a cirurgia até que você consiga urinar facilmente.
Você deverá estar apta a dirigir e em condições satisfatórias de realizar atividades leves tais como caminhadas curtas dentro de algumas semanas da cirurgia. Você deve evitar o levantamento de peso e a prática de esportes por pelo menos 6 semanas para permitir que a ferida cicatrize. É geralmente recomendado que se tire 6 semanas de licença do trabalho
Atividades sexuais poderão ser retomadas após seis semanas.
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Bom dia ! Gostaria de saber se vcs teriam consultório em São Paulo Capital !?
Minha mãe está com Prolapso Genital total , porém queria ver a possibilidade de fazer um tratamento com pressario?
Ola. Infelizmente atendemos somente em Ribeirão Preto.
Tenho 45 dias de histerectomia via vaginal para prolapso uterino e preciso viajar por uma estrada de chão por cerca de 1 hora.Já posso fazê-lo?
Geralmente pode sim!