O teratoma de ovário, também conhecido como cisto dermoide, é um tipo de tumor benigno que se forma a partir das células germinativas — as mesmas que dariam origem aos óvulos. Essas células têm a capacidade de se transformar em vários tipos de tecidos, como pele, cabelo, gordura, dentes e até cartilagem, o que explica o aspecto curioso desse tipo de cisto.
O teratoma é uma das lesões ovarianas benignas mais comuns em mulheres jovens, especialmente entre os 20 e 40 anos. Na maioria das vezes, ele cresce lentamente e é descoberto de forma incidental, durante um exame ginecológico ou uma ultrassonografia de rotina.
Apesar de benigno na grande maioria dos casos, o teratoma precisa de acompanhamento médico, pois pode causar dor abdominal, torção do ovário e, em situações raras, evoluir para formas malignas.
Em muitos casos, o teratoma ovariano não causa sintomas e é identificado apenas em exames de imagem. Quando o cisto atinge tamanhos maiores, pode provocar:
Esses sintomas geralmente surgem porque o cisto ocupa espaço e altera o posicionamento normal do ovário dentro da pelve.
O diagnóstico é realizado por meio de ultrassonografia transvaginal ou ressonância magnética, que permitem visualizar as características internas do cisto. O teratoma apresenta uma aparência bastante típica, com conteúdo heterogêneo (gordura, cabelo, calcificações), o que ajuda o médico a diferenciar de outros tipos de cistos ovarianos.
Em alguns casos, o ginecologista pode solicitar exames de sangue com marcadores tumorais (como o CA-125, CA-19.9 e AFP) para descartar outros diagnósticos, principalmente se houver suspeita de malignidade.
Existem dois principais tipos:
A maioria dos casos é de teratoma maduro, e o tratamento costuma ter excelente prognóstico.
O tratamento do teratoma depende do tamanho do cisto, dos sintomas e da idade da paciente.
Quando o cisto é pequeno (geralmente menor que 4 cm) e assintomático, pode ser apenas acompanhado com ultrassonografias periódicas, especialmente em mulheres jovens.
Nos casos em que o teratoma é maior, causa sintomas ou apresenta risco de torção, é indicada a retirada cirúrgica do cisto. A cirurgia mais comum é a cistectomia ovariana laparoscópica, que remove apenas o cisto, preservando o tecido saudável do ovário — fundamental para manter a fertilidade da mulher.
Em casos em que o cisto é muito grande, de difícil separação do ovário ou suspeito de malignidade, pode ser necessário remover todo o ovário afetado. Mesmo assim, o outro ovário geralmente é suficiente para manter a função hormonal e reprodutiva.
A cirurgia laparoscópica para retirada de teratoma é minimamente invasiva, com pequenas incisões, recuperação rápida e retorno às atividades em poucos dias. Após o procedimento, o ginecologista avalia o material retirado para confirmação do diagnóstico por anatomopatológico, garantindo que o cisto seja realmente benigno.
O acompanhamento ginecológico regular é essencial para monitorar o outro ovário e prevenir novas ocorrências.
Uma dúvida comum é se o teratoma afeta a fertilidade. A resposta é: na maioria dos casos, não. Quando tratado adequadamente, o ovário preserva sua função e a mulher pode engravidar normalmente. O importante é o diagnóstico precoce e a escolha do tipo de cirurgia mais conservadora possível.
Procure atendimento se você sentir dor pélvica, aumento abdominal ou notar sintomas persistentes. Mesmo quando assintomático, o acompanhamento periódico é essencial, pois o teratoma pode crescer e causar complicações, como a torção ovariana.
Na Clínica Mulher Ribeirão Preto, realizamos o diagnóstico e tratamento do teratoma de ovário com abordagem moderna, segura e humanizada. Trabalhamos com cirurgias minimamente invasivas e foco na preservação da fertilidade feminina.
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